As 5 Características Pessoais Indispensáveis que Todo Bom Fisioterapeuta Deve Ter

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O Componente Humano no Tratamento

Vamos fugir um pouco do modelo dos textos que vocês estão acostumados a ler nesse blog, ou mesmo em qualquer outro blog da área. Ele é válido para fisioterapeutas experientes, para aqueles fisioterapeutas que estão começando na profissão, ou mesmo para quem está apenas curioso porque segue a fisioterapia como profissão e missão de vida.

É um texto de utilidade pública, que na verdade se aplica não somente aos fisioterapeutas mas também a todo profissional de saúde para reflita sobre a sua prática e aprenda a ser um profissional melhor.

Vamos discutir alguns aspectos que dificilmente são levantadas em sala de aula ou em discussões clínicas, mas são muito relevantes.

O que tem de ERRADO na atual prática clínica do Fisioterapeuta?

Ultimamente, existe uma tendência para a tecnicidade cada vez maior na área da saúde, a fisioterapia inclusa.

A preocupação está mais em entender os mecanismos por trás das coisas, a teoria, o conceito. Foca-se em aprender técnicas, métodos, dispositivos, doenças, disfunções, distúrbios, etc. Muitas vezes o profissional acha que isso é suficiente.

Aprende-se a tratar um joelho, conhecer todas as causas de dor lombar, reabilitar um rompimento de LCA. Mas isso não é suficiente.

Na faculdade é isso que é ensinado. Obviamente é fundamental, mas o que queremos destacar neste texto, é que há muito mais em jogo no tratamento fisioterápico.

O componente HUMANO no tratamento fisioterápico

Ele é um ponto chave do processo de tratamento e reabilitação: O componente humano.

Este componente faz toda a diferença, e é o que vai determinar, no final das contas, independentemente de toda a teoria e técnica aplicada, o sucesso ou não da terapia estabelecida.

Ele pode ser dividido em dois pontos principais: o paciente, e o terapeuta.

Sabemos que nem todo paciente com ruptura de LCA é igual. Um pode ser um atleta de muay-thay profissional, enquanto o outro pode ser jogador de futebol de final de semana ou pode ser um não praticante de esporte que sofreu um acidente, por exemplo. Consequentemente os objetivos do tratamento serão totalmente diferentes.

Da mesma forma, nem todo fisioterapeuta é igual. Um pode investir mais em exercícios com o próprio peso do corpo, outro pode adorar aparelhos, e outro ainda pode ser adepto dos recursos físicos. E não existe o certo nem o errado nesse caso, existe o diferente.

Só aqui falamos de inúmeras outras variáveis que já devem ser levadas em consideração quando se pensa sobre o sucesso ou fracasso de uma terapia. Mas considerar o paciente e/ou o fisioterapeuta isoladamente, ainda, não é o suficiente. Existe algo muito maior que acontece como resultado do encontro entre os dois, que é a relação fisioterapeuta-paciente.

Pouca ênfase se dá para essa interação. É elementar ser simpático, tratar o paciente com educação, respeito, etc. Mas isso é o mínimo, que é esperado em toda relação interpessoal. Mas para ser um fisioterapeuta bem sucedido, isso também não é o suficiente.

Existem algumas características pessoais que são fundamentais para ser um fisioterapeuta de sucesso, aquelas que diferenciam um bom profissional de um excelente profissional. Aquelas que fazem você ser diferente da maioria, que faz seu cliente se sentir respeitado durante o seu atendimento.

As 5 Características Pessoais Indispensáveis que Todo Bom Fisioterapeuta Deve Ter

Existem algumas características que, irão te ajudar a ser visto de forma diferente no pelos seus pacientes e consequentemente no mercado. Elas irão fazer com que você se destaque de outros profissionais, que você seja referência entre os seus pares e entre os seus pacientes.

Quem já nasceu com essas características, ótimo.

Quem não nasceu não precisa se preocupar, elas são treináveis.

Basta você se empenhar no seu treino e praticar muito, porque todos nós temos o potencial de nos tornarmos excelentes quando estamos atentos e dispostos a isto.

As 5 características que todo bom fisioterapeuta deve possuir são:

#1 – Carisma

O carisma é a característica atribuída a alguém que é simpático, que exerce influência sobre as pessoas, e é admirado e querido ao mesmo tempo. As pessoas carismáticas têm uma tendência a agradar muitas pessoas, o que funciona perfeitamente bem quando você trabalha com pessoas diferentes.

O fisioterapeuta deve ser carismático, sem ser superficial. O que não significa falar apenas o que o outro quer ouvir. Significa ser honesto, claro e gentil em suas exposições. Significa levar a ética profissional em primeiro lugar, procurando sempre de ser amável e agradável.

Para você ter uma ideia da importância do carisma nas relações interpessoais, Jesus Cristo e Hitler são considerados as pessoas mais carismáticas da história. Prova de que carisma não tem a ver com caráter ou com valores pessoais.

Para você que acha que carisma não é o seu ponto forte, a boa noticia é que existem sim formas de treiná-lo.

  • Primeiro, demonstre real interesse naquilo que o outro te diz, sempre.
  • Segundo, expresse suas ideias da forma mais clara possível.
  • Terceiro, mantenha convicção no que você acredita, sem ser rígido demais, e de preferencia com bom humor.

Dessa forma, todos os pacientes vão acreditar nas suas condutas, e, além disso, te achar um profissional agradável.

#2 – Empatia

A empatia tem relação com a capacidade de se colocar no lugar do outro de forma mais profunda, ou seja, realmente sentir o que a pessoa está sentindo, de forma objetiva e racional, sem deixar que as emoções sobreponham o seu julgamento.

Um fisioterapeuta empático é capaz de entender melhor as dores dos pacientes e conseguirá propor tratamentos mais eficazes, levando em consideração as limitações e possibilidades de cada indivíduo.

Essa atitude de interagir com o paciente, contribui para o sucesso da terapia e este profissional terá uma maior chance de ser mais bem sucedido porque poderá levar em consideração fatores somáticos, psicológicos e sociais.

Assim como o carisma, a empatia é treinável, através do constante exercício de se colocar no lugar do outro, e tentar perceber as coisas pela perspectiva do paciente, em vez de simplesmente ignorar isto. Esta postura muitas vezes pode levar à tratamentos errados e ineficazes.

#3 – Comunicação e exposição clara de ideias

Não adianta ser um profissional inteligente, com boa formação, dominar muitas técnicas se na hora de expor as suas ideias o paciente não entende o que você diz, se sente inseguro e não acredita nas suas proposições.

Aprender a falar a linguagem do paciente, e se adaptar ao seu contexto socioeconômico e cultural é fundamental. Além disso, organizar suas idéias de forma lógica e ordenada ajudará a fazer com que o paciente entenda o que você está propondo, e confie no seu trabalho.

Além disso, transmitir as informações com segurança é fundamental, além de manter as idéias claras. Se você sabe o que está fazendo e confia no seu trabalho, e o paciente confiará em você.

Se você é uma pessoa que tem dificuldade de se comunicar, uma das formas de treinar a comunicação e a exposição de ideia é através de aulas de teatro e oratória, que ensinam como organizar o discurso falado de forma coerente, dão confiança para aqueles que tem maior dificuldade em interações sociais, e aprimoram, de forma geral, a capacidade do indivíduo de se relacionar. Mais simples que isto ainda é você treinar falar olhando no espelho e simular com um amigo ou familiar no consultório. E o segredo do sucesso é um só: treino.

#4 – Resolução de Problemas

Com resolução de problemas, queremos dizer a capacidade de pensar rápido e desenvolver a solução para um problema que aparece de repente, algo não planejado, enfim jogo de cintura.

Essa capacidade envolve desde a capacidade de resolver uma intercorrência que acontece com um paciente durante a sessão, até a habilidade de responder perguntas e adaptar o discurso para cada tipo de situação.

Essa habilidade é fundamental pois existem pessoas que literalmente travam, diante de qualquer situação adversa ou inesperada. Quando você lida com público, no caso seus pacientes, você precisa estar preparado para situações deste tipo. Você precisa ter uma saída preparada na sua cabeça para usar nestes casos e encará-los com naturalidade.

Você até pode não vai dominar todos as patologias e condições pelas quais um paciente te procura, mas é sua obrigação saber o máximo dentro da sua especialidade.

Pode ser que você tenha que encaminhar o paciente para outro profissional, mas o que você não pode fazer é enrolar o paciente e tentar disfarçar que conhece o que não domina.

Assim você ganha a confiança do paciente. Pessoas com capacidade para resolução de problemas transmitem segurança, e é esse tipo de profissional que o paciente quer manter sempre por perto quando se sente vulnerável, como em um contexto de reabilitação.

#5 – Controle emocional

Esta última característica se destaca entre as demais porque, ela realmente é a mais importante.

Você sempre pode propor uma solução focada para os problemas e as necessidades específicas do paciente e até mesmo para aqueles que choram ao contar a sua história. Não adianta você dominar as 4 características anteriores, se durante qualquer imprevisto durante a consulta você perde a paciência, fica irritado ou até inseguro.

Você precisa usar a inteligência emocional e não deixar que cenas emocionais influencie suas decisões ou transpareça para as outras pessoas.

Manter a calma, principalmente em condições adversas, é uma das principais características de pessoas em papéis de liderança e figuras públicas. Todos assim como o seu paciente, intuitivamente, confiamos nas pessoas que parecem ter a situação sob controle e somos mais propensos a aceitar suas ideias, o que é extremamente útil na sua profissão como em qualquer outra.

Um boa dica é a leitura do livro que é um clássico neste assunto que é: Inteligência Emocional de Daniel Goleman.

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Equipe Lupmed
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